segunda-feira, 29 de julho de 2013

PEIXES MAIS CONSUMIDOS NO BRASIL



O peixe é uma carne que ainda não está muito presente no cardápio das famílias brasileiras. Ele é tão rico em proteínas quanto a carne bovina. A equipe de nutrição do Oba Hortifruti recomenda o consumo de 2 porções semanais da carne. Cada porção do peixe deve ter o tamanho de uma mão fechada.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o consumo de pescados tem aumentado no Brasil, mas está abaixo do ideal. Segundo dados, atualmente são consumidos 9kgs por ano, mas a média recomendada pela OMS são de 12kgs por habitante por ano.
Os peixes possuem diversos nutrientes comuns a todas as espécies, tanto de água salgada quanto doce. Eles são fonte de proteína, possuem muitos minerais, como cálcio e fósforo, e vitaminas, que auxiliam no funcionamento do corpo.
“Além disso, são fonte de ômega-3, uma gordura considerada “do bem”, não prejudicial à saúde e importante para as atividades do cérebro e do coração,” destaca a nutricionista do Oba Hortifruti, Daísa Pinhal. Sem se esquecer que a carne possui poucas calorias, sendo ideal para uma dieta balanceada.
No Oba Hortifruti há uma infinidade de peixes frescos e congelados. A equipe de nutrição do Oba selecionou alguns peixes de destaque que não podem ficar de fora de qualquer cardápio. O pintado, por exemplo, é uma espécie de peixe com a carne saborosa, leve e baixo teor de gordura.
Já o salmão é um peixe que possui uma carne rosada, rico em ácido graxo e ômega 3, o que favorece o controle do colesterol. A pescada é uma espécie muito consumida no Brasil, por seu sabor delicado, pelas poucas espinhas e pelo baixo custo. O robalo possui carne branca e magra, tornando leve e de fácil digestão.
O atum é outro peixe muito apreciado pelos brasileiros. In natura, é rico em proteínas, vitaminas e minerais, o que contribui para a formação muscular.
Os peixes podem ser consumidos de diversas formas: assado, cozido, grelhado e frito. O tempero, depende do paladar de cada um.
A equipe de nutrição do Oba Hortifruti recomenda produtos naturais como limão, alecrim, mostarda, sálvia, leite de coco e maracujá.Além destes, pimenta do reino, sal e vinho branco dão um toque todo especial à carne.

PIRACEMA

Piracema é o período de desova dos peixes que ocorre entre os meses de outubro a março. Os peixes reofílicos (peixes que migram para reprodução) precisam nadar contra a correnteza em uma subida árdua até as cabeceiras dos rios, para se reproduzirem.
O ciclo de reprodução dos peixes de piracema acontece todos os anos e representa um exemplo de luta pela vida. Os peixes que não migram, não amadurecem seu processo hormonal e consequentemente não se reproduzem, o que não contribui para a perpetuação da vida.
A pesca durante o período da piracema é crime, e quem cometer este ato e for flagrado poderá ser preso e pagar multa de R$ 700,00. Por cada quilo de peixe apreendido, pagará ainda uma multa de R$ 10,00. Através destas medidas, evita-se o desequilíbrio ecológico nos rios.


piracema

Torresminho de curimba




Ingredientes:

1 curimba de cerca de 2 Kg.(pode ser um dourado)
1 limão
2 ovos
tempero à base de noz-moscada
sal

Modo de Preparo:

Com uma faca bem afiada, corte o peixe lateralmente, separando o filé do espinhaço. Cortar o filé em tiras pequenas e bem finas. Temperar com o sal, noz-moscada e limão a gosto. Quebrar dois ovos e misturar um pouco, para hidratar a carne. Passar as tiras numa mistura de amido de milho e farinha de trigo para ficar crocante e fritar em óleo bem quente. Servir como aperitivo ou com arroz.

O CORIMBA





Desinteressado, porém, brigador
 
Apresentam hábito alimentar iliófago, ou seja,
alimentam-se de lodo e de detritos que estão ao fundo de lagos e rios.
Este fato complica a vida do pescador amador, por ter dificuldade de atraí-los para uma isca.
 
Pescadores profissionais utilizam redes, apanhando-os em grande quantidade.
 
São comumente peixes de piracema, ou seja, fazem grandes deslocamentos em cardumes
para desovarem em condições mais favoráveis ao desenvolvimento da prole.
 
São peixes de interesse comercial não pela qualidade de sua carne, que não é das melhores,
mas pela sua abundância em certos ambientes naturais, e ainda,
por suas ótimas características para piscicultura.
 
Entre as principais características que favorecem seu emprego em piscicultura estão: a grande prolificidade
(uma única fêmea pode desovar mais de um milhão de óvulos por temporada);
seu alimento é barato; desenvolve-se significativamente rápido; sua reprodução artificial é relativamente fácil; etc.
 
São peixes de médio porte.  Algumas espécies deste grupo podem pesar mais de 4 Kg,
e outras apresentar apenas centena de gramas.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problemas para a espécie
 
Um dos grandes problemas para a espécie
são as barreiras impostas pelas barragens hidrelétricas que impedem sua piracema.
Outro fator é a intensiva captura com redes em épocas reprodutivas.
 
  
 
 
 
 
 
 
Comportamento reprodutivo
 
Como peixes de piracema,
seu período reprodutivo ocorre na primavera e começo do verão, nos rios da bacia do Prata.
Pode ser observado em corredeiras e obstáculos, dando saltos para transpô-los,
mas talvez o mais interessante seja o barulho que fazem
nestas aglomerações migrantes rio acima.
 
Os peixes vibram uma musculatura especial, e com auxílio da bexiga natatória,
produzem um som típico de piracema.
 
Este som, tido por velhos pescadores como das coisas mais emocionantes da natureza brasileira,
está em vias de desaparecer juntamente com a obstução do seu livre fluxo
e da correnteza dos rios pelas barragens hidrelétricas.
 
Nos enlevos amorosos, que ocorrem em locais correntosos das cabeceiras dos rios,
nadam lado a lado, fêmeas e machos.  Em determinado momento do romance,
em meio a trêmulos contatos de corpos pareados,
a fêmea expele seu óvulos e o macho os fecunda com descargas de esperma.
 
 
 
 
 
Comportamento alimentar
 
Alimentando-se de lodo (iliófagos),
seu longo trato digestivo aproveita material nutritivo que outras espécies não conseguem.
 Ainda, sua evolução adaptativa conferiu a estas espécies
grande capacidade de freqüentarem ambientes com baixa quantidade de oxigênio dissolvido,
característicos dos fundos de leitos e alagados.
 
Lodo de rios, lagos e demais coleções d'água geralmente contém rico material,
composto basicamente de resíduos vegetais em decomposição.
Este lodo comumente está repleto de pequenos organismos que dele se nutrem,
organismos estes que acabarão servindo, por sua vez, de alimento para os peixes iliófagos.
 
É comum grandes aglomerações destes peixes localizarem-se
em áreas com fundos lodosos das partes baixas (terço final) dos grandes rios,
e deslocarem-se numerosamente atrás de novos bancos de alimento.
 
Formam enormes cardumes na piracema,
ocasião em que geralmente estão com grandes reservas de energia (gordos)
e não costumam se alimentar.
 
 
 
 
 
 
Esportividade da sua pesca
 
 São peixes brigadores, fortes e resistentes, mas dificilmente são atraídos por iscas.
 
Requerem equipamento leve, de efeito suave (flexível) por apresentarem boca delicada,
mas apresentam-se resistentes pela combatividade que impõe ao pescador.
 
A esportividade está na habilidade, sorte e/ou experiência de capturar destes interessantes peixes,
já que para este fim, geralmente é requerida a união desta diversidade de elementos,
constituindo um troféu de valor reconhecido até aos mais experientes.
 
 
 
 
 
 
 
Dicas para pesca
 
Como isca, existem diversas receitas caseiras,
como cozinhar uma mistura de farinha de milho e mandioca, fazendo uma liga.
 
Fato é, que se o peixe estiver com fome, qualquer coisa pode lhe atrair,
mas se ele estiver em um bom banco de lodo, as chances são bem menores.
 
Os poços profundos e remansosos podem aglomerar folhas e materiais no fundo,
bem como remansos em curvas de rios.
Tais materiais em decomposição tendem a formar um excelente banco de lodo,
atraindo e concentrando peixes iliófagos.
 
Talvez uma boa tentativa esteja em lançar uma isca interessante neste meio,
esperando atrair algum indivíduo dos mais curiosos do grupo, para começar a festa.
 
Se houver tempo (dias) para "alimentar" algumas cevas com restos de comida,
pode ser muito apropriado e produtivo.
 
 
 
 
 
 
Alguns perigos e recomendações para a criançada
 
Não parecem apresentar significativo perigo,
a não ser pelo anzol levado por uma rabanada mais forte.
 
Porém, quando da sua ingestão, os espinhos podem ser perigosos.
 
 
 
 
 
 
 
Gastronomia
 
Estes peixes não apresentam fama culinária, mas uma série de pratos podem ser preparados.
Cabe aqui, a habilidade do cozinheiro, mais que em algumas outras espécies, para tornar seu prato memorável.
 
Apresentam ainda o inconveniente dos espinhos em abundância,
mas que se bem preparados, não deverão ser obstáculo a um avisado comensal.
 
Para minimizar o inconveniente dos espinhos,
poderá ser realizada uma série de cortes paralelos profundos com faca bem afiada,
e depois levá-los à fritura.
 
Há quem passe-os também por um cozimento em panela de pressão,
que segundo consta, amolece os espinhos, tornando-os inofensivos.